Retrospectiva do ano de 2009

Foi um ano meu doido para a mídia em geral. O popularesco tentando se levar a sério, com sucesso em alguns gêneros, como o "Funk" Carioca, que apressou em se declarar "cultura oficial" do RJ, naquilo que pode ser classificado como pior fato do ano. Como algo caracterizado pela explícita grosseria, pela tosqueira e produzido (leia-se defecado) por pessoas que mal sabem quem eles são, pode ser classificado como cultura? Coisa típica de gente sem-noção.
Foi também o ano marcado pela morte de Wacko-Jacko, o cantor que priorizou a dança e os video-clipes, cujo álbum foi marcado pelos recordes de vendagens e que muitos incautos insistiram em chamá-lo de gênio, como se vender discos e contratar diretores para fazer seus clipes fosse ato de genialidade. Aliás, muita besteira foi dita a respeito do ídolo, vinda de gente sem informação musical e que nem conhecia Jackson, achando que ele era melhor do que realmente era. O trabelho de Jackson realmente tinha qualidade, mas não a ponto dele ser considerado o "gênio das artes". Até porque o que ele fazia era puro entretenimento, setor que limita bastante a capacidade artística, já que é algo que tem como único objetivo a diversão. Até porque as dancinhas de Wacko-Jacko não forma feitas para refletir.
2009 também foi marcado pelos casamentos de muitas famosas, sobretudo brasileiras. Isso em um país que insiste em dizer que é a "terra das mulheres solitárias", mesmo sendo um país varonil (de macho) e que o IBGE cria condições para diminiuir a quantidade de homens existentes em seus censos. Para as autoridades, é legal aumentar a quantidade de mulheres porque, como objetos, elas tem que ser oferecidas aos estrangeiros que chegam para investir no país. Mais crueldade que isso, só no Oriente Médio.
O governo Lula se mostrou cada vez mais trapalhão e com integrantes cometendo gafes com frequencia. Nem quero me lembrar delas, porque já basta a decepção que tive do presidente que prometeu um Brasil de mudanças e que continua tudo como era antes do encerramento do governo anterior. Há indícios de que 2010 seja o ano do fortalecimento da direita. Pelo menos o neo-conservadorismo (a direita com piercing, falando palavrão e cheirando loló) voltou a moda.
Sobre ônibus, muitas renovações de frota aqui em Niterói e nos arredores (incluindo a capital do RJ e a Baixada). Há a intenção de acabar com os micros, já que houve uma nova legislação para o funcionamento das vans, o que acabou com a concorrência considerada desleal. Mas há o predominio de midis (os chamados micrões ou ônibus-micro), o que tem irritado a maioria dos busólogos (eu excluído: gosto de midis, desde que sejam muitos em cada linha). A Baixada Fluminense ficou marcada pelas belíssimas pinturas de suas empresas, elogiadas e até premiadas por especialistas. Em contrapartida, um decreto ainda não oficializado, lançado pelo prefeito carioca Eduardo Paes, pretende uniformizar as pinturas da frota municipal, desagradando a mim e a 99% dos busólogos. A falta de repercussão na mídia sugere que o decreto poderá ir por água abaixo, felizmente. Esperamos.
Pessoalmente, para mim, ainda espero o ano que vai se iniciar. 2009 foi o ano de readaptação ao meu retorno a Niterói. Creio que em 2010 terei mais condições de batalhar e aproveitar melhor as oportunidades que irão aparecer. Será um ano melhor que 2009 e de realizações pessoais para mim e minha família (projetos sugerem isto).
Quanto aos outros... Hmmm... Não sei. Todos costumam rezar, torcer por um ano melhor, mas nada fazem para que tenham realmente uma não melhor. A única coisa que digo a eles é: "quem planta vento, colhe tempestade".
Resta a desejar a todos um ano de 2010 mais responsável.
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