Direito de ser feliz ou direito de ser ridículo?

Toda vez que questiono alguém que se diverte de maneira cretina, aparece sempre outra pessoa a defendê-lo, sempre com o mesmo argumento: "deixa ele ser feliz". Não reajo, mas quieto, no meu canto me ponho a pensar: isso é felicidade?

O que é felicidade? Essa deve ser uma daquelas perguntas que nem o mais dedicado cientista conseguirá resolver. Talvez seja melhor que respondamos de maneira subjetiva, quase mitológica.

Mas daí a crer que para ser "feliz" tem que apelar para a ridicularização aí é fugir do bom senso.

Por isso que a cultura está entrando numa decadência sem freio: a mediocrização imposta a ela nos últimos 20 anos está fazendo com que a ridicularização seja legitimada como "arte", "cultura" e "manifestação de felicidade". Ser feliz e espontâneo se tornou sinônimo de ser ridículo.

Agir como retardado, empinar o traseiro, cantar músicas com letras imbecis berrar, fazer caretas, tudo isso está sendo superestimado e legitimado como expressão popular e manifestação de alegria. Não consigo concordar com isso.

Eu não digo que todo mundo deveria ficar sério. Mas dá para ser alegre sem ser ridículo. Entre dois extremos existe o meio termo. O que acontece que ninguém consegue enxergar esse meio termo.

Ser patético não pode ser considerado como manifestação de alegria e sim como atestado de idiotice, de falta de noção. A felicidade que eu, particularmente, sinto dentro de im, nada tem a ver com essa ridicularização.

As pessoas deveriam perceber que, onde há fumaça, há fogo: se alguém que se diverte está constantemente sendo criticado por sua postura, é porque ele está sendo realmente ridículo.

O bom senso, a lógica e a coerência é que devem ser postos em ação para que possamos perceber quando e como alguém, está sendo ridículo em sua "manifestação de alegria".

Pois dá para ser feliz sem ser idiota. As duas coisas são muitíssimo diferentes.

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