Notícias Fora da Caverna

Por Marcelo Pereira Costumo criticar a baixa qualidade das músicas popularescas e do  hit-parade  americano com razão. Não é por ódio subjetivo, pois não odeio ninguém. É porque tenho o ouvido apurado e uma intuição e percepção artística que consegue ver limitação artística nos astros que fazem muito sucesso. A lógica não impede que um medíocre cantor de chuveiro venda muitos discos e seja adorado por uma multidão. Basta divulga-lo incessantemente e fazer um bom marketing. Aí, vem os defensores dos ídolos medíocres, leigos em arte, que medem a qualidade musical pelo sucesso, me esculhambar, dizendo que sou eu que não entendo de música. Muitos até acusando de preconceito. Imagine se eles soubessem que eu gosto de música erudita. Mas não aquela música "erudita" de elevador, como as orquestras de bailinho do tipo Ray Coniff, Paul Mauriat, James Last e quejandos. Essas orquestras representam a mediocridade feita para quem quer posar de culto. Dizem que os músicos dessas orquestra

Fiz outro vídeo utilizando a técnica do Stop Motion. O fundo musical foi extraído do Audioswap do YouTube. Nem me perguntem de que é. Só sei que é bem legal. O vídeo foi "filmado" na prateleira que fica acima de onde fica meu computador na casa nova, em Santa Rosa (não mais no Viradouro, onde eu morava e sim próximo à Noronha Torrezão), Niterói, RJ, Brasil. Os carrinhos são de meu acervo pessoal. Deu um trabalhinho fazer os fotogramas, mas valeu a pena. O resultado está aí. Curtam.

Quando eu cheguei aqui, esperava que Niterói estivesse bem melhor. Pelo jeito o processo de baianização cultural do país, ocorrido a partir de 1995 deixou fortes sequelas no país todo, inclusive no improvável Rio de Janeiro. Noto uma bregalização total da população da cidade do Araribóia, talvez caracterizada pelo aumento na quantidade de pessoas pobres - muitas vezes incentivados por bolsas famílias e similares, que são formas de esmola dada pelo governo - que influencia a uma grande maioria a se mediocrizar intelectualmente, mesmo os mais ricos e/ou melhor graduados. Essa mudança me trouxe decepção, pois mostrou que o motivo que me fez retornar a cidade que me adotou também se encontrava aqui (e pior, em alguns aspectos). Até mesmo meus antigos colegas de adolescência estão dando sinais de "bregalização", certamente por influência da mídia e das regras sociais, tendo que aderir ao pensamento único das massas para não ficar na solidão. O que é mais incrível, é que, em certos

ESPREMENDO A LARANJA: Os dados deste texto , escrito por mim mesmo, estão datados. Mas achei interessante colocar aqui. O On The Road já foi lançado recentemente, embora eu ainda não tivesse oportunidade de assistir. Quem viu, disse que mantém o espírito do livro, apesar da direção brasileira. De fato, após o filme sobre a juventude de Che Guevara, talvez Salles tenha pego gosto por road movies (gênero de cinema que se passa durante uma viagem, como Thelma and Louse, Pequena miss Sunshine, Easy Rider, etc.). O filme sobre Joplin ainda não tive informações sobre a produção, nem se ela está em andamento. Pode até ter havido mudanças ou desistências. De qualquer modo é legal ver cineastas brasileiros envolvidos em projetos que enriquecem a cultura mundial. Filmes sobre ícones da contra-cultura dirigidos por brasileiros Por Marcelo Pereira - Publicado originalmente em 06/08-2010 Curioso. Os dois cineastas brasileiros que estão tentando a carreira no cinema estadunidense estão preparando

Que bom saber que  Brian Wilson , o grande gênio que ajudou a dividir os anos 60 em duas fases (a primeira, mais ingênua, até 1965 e a segunda, psicodélica e intelectualizada, desde então) através da inquestionável obra-prima  Pet Sounds  (que tenho a felicidade de possuir em minha cdteca), continua gravando. O cara passou por maus bocados nas décadas de 70 e 80 e resolveu retomar sua carreira em grande estilo finalizando o álbum  Smile , que seria o sucessor de  Pet Sounds . Desde então nunca mais parou, para alegria nossa. E aqui está o grande Wilson de volta, desta vez não com composições próprias, mas recriando obras de um grande compositor,  George Gershwin . Bom, sem composições próprias, eu não digo, pois duas músicas inéditas de Gershwin foram completadas por Wilson, além dele ter dado um toque bastante pessoal nas outras faixas, conhecidas de todos. Brian Wilson é um cantor e compositor que merece nosso respeito e admiração pelo que ele tem feito de sólido na verdadeira cultur

ESPREMENDO A LARANJA: Na contramão de muitos países como o Brasil, que resolveram priorizar um cinema mais de entretenimento, a Índia, que produz muito mais filmes que os Estados Unidos, igualmente fantasiosos e feitos apenas para diversão, agora vai começar a fazer seu cinema mais intelectualizado. Um dos maiores atores do país, Aamir Khan, quer agora produzir filmes mais realistas e feitos para pensar e valorizar a arte. Entretenimento é bom, mas sabemos que qualquer forma de produção voltada exclusivamente para a diversão é efêmera, por mais que seus defensores a considerem eterna. Nenhum ser com o mínimo de sabedoria consegue cultuar futilidades por um longuíssimo tempo. Boa sorte a Aamir. Que muitos sigam o seu exemplo e nasça um cinema denso e realmente admirável em seu país. O rei de Bollywood quer dar uma chance a 'um outro cinema' na Índia Terça, 10 de agosto de 2010, 21h03 Atualizada às 21h45 - AFP - Matt Carr/Getty Images No auge de sua posição de 'superstar'

ESPREMENDO A LARANJA: Eu sempre acreditei nisso! os capitalistas e seus simpatizantes, que sempre usaram essa teoria para justificar a competitividade (que para mim é o grande elixir do egoísmo e tem gerado danos nas relações humanas) e impor uma corrida sem freio para ver "quem é o melhor". Pior que isso acabou influenciando também a vida afetiva, pois as mulheres querem cada vez mais caras estabilizados financeiramente e com porte físico avantajado. Competição não leva a nada, só gera conflitos e cria injustiças. Vamos ser mais altruístas e lembrar que todos merecem ser felizes, independente de serem fortes ou fracos. A teoria se refere a fatores biológicos, mas como os capitalistas a usam para justificar suas atrocidades, resolvi comentar usando a comparação. Estudo questiona 'sobrevivência do mais forte' de Darwin 24 de agosto de 2010 • 08h54 • atualizado às 09h14 - BBC - extraído do site Terra Charles Darwin talvez estivesse errado quando disse que a competição e

ESPREMENDO A LARANJA: Eu sou portador de TDAH. Isso sempre foi o meu maior problema, pois a minha mente não funciona como na maioria das pessoas. Tenho dificuldade - não é impossibilidade - de focar as coisas e desde a infância sempre fui um pouco agitado, o que me transformou numa vítima de formas horríveis de bullying , o que resultou na fobia social que tenho até hoje. Como veem, um problema leva a outro. Vamos participar dessa campanha para que toda a sociedade saiba o que é realmente esse distúrbio e, ao invés de humilhar, possa ajudar a quem tem TDAh a ter uma vida normal, mesmo com limitações e que possa atingir todos os objetivos na vida, sobretudo o direito a uma profissão e uma vida social adequadas. Petição Online sobre o Manifesto de esclarecimento sobre o TDAH Publicado no Facebook - ABDA Associação Brasileira do Déficit de Atenção A todos os portadores de TDAH, familiares, profissionais, amigos e parceiros da nossa causa. Nos últimos tempos vem sendo publicado na mídia um

Por Marcelo Pereira "O novo sempre vem" , é um ditado muito frequente na boca de quem defende qualquer novidade como sinal de avanço. Para elas, tudo que é novo sempre é melhor que o anterior, independente de suas características ou das consequências de sua existência. "Se é novo, é melhor" , é o que acreditam. Esse é um pensamento muito arraigado entre os brasileiros e não por acaso faz parte da ideologia positivista de Auguste Comte, o autor do lema "Ordem e progresso", que ilustra a nossa bandeira. Mas não é um conceito correto, tanto é que a ideologia de Comte é frequentemente criticada. A lógica não impede que algo ruim surja depois de algo bom. A cultura provou que o retrocesso qualitativo é possível, já que nenhuma das décadas posteriores conseguiu se igualar à década de 60, a melhor década cultural de toda a história da humanidade. O século XXI, que em previsões futurísticas mais antigas prometia ser bem avançada, gera atualmente uma imensurável de

Vocês já devem ter lido e relido vários depoimentos de mulheres que desejam ter um cara legal, responsável, carinhoso e decidido do lado, certo? Mas na verdade, também notaram que não é este o perfil dos homens que mais conseguem conquistar o coração - e  ingenuidade - dessas donzelas, não é? E também que muitos dos caras solitários se encaixam no perfil- em tese - desejado pelas mulheres, right ?  Pois é, vivemos numa sociedade doida. A cada dia que passa, noto que a coerência não é o forte do brasileiro. Muitos brasileiros gostam de citar coisas legais que na verdade nunca poem em prática. Legal posar de bacana, descente e inteligente, mas ao descobrir que para ser de fato, é preciso muito esforço e abrir mão de certos interesses, as pessoas preferem ficar só com o rótulo, mesmo. E as mulheres não estão fora desta regra. Espalham para Deus e o mundo que querem alguém decente, um cavalheiro, mas quando aparece um babaca, como as características do personagem Charlie Harper de Two and

Por Marcelo Pereira Interessante. Hoje não falarei de uma música exatamente, mas de um verso apenas. Quando o compositor é realmente espontâneo  - o que não acontece na canção de consumo - ele pode dizer coisas incríveis através de uma canção, ou como neste caso, um verso apenas. A música em questão é Vincent , composta e gravada por Don Mclean para o seu maravilhoso álbum American Pie (nada a ver com a série de comédias dos anos 90 e que recentemente voltou a ser produzida - e sim com o nome do avião que sofreu um acidente, matando Richie Valens, Big Bopper e Buddy Holly, promessas do rock americano do início dos anos 60), lançado em 1971, ano em que eu nasci. Vincent , é uma lindíssima música de melodia triste e foi composta em homenagem ao pintor holandês Vincent Van Gogh , que só se tornou famoso após a sua morte. Mas isso não é assunto para esta postagem. O que interessa aqui é mostrar esse verso da música, que toda vez que eu ouço me dá vontade de chorar. Eis o trecho:

Por Marcelo Pereira O hip-hop atual americano é visto pelos brasileiros como vanguarda e como se tivesse algo realmente interessante a dizer. Mas fatos mostram o contrário. Antes de falar sobre isso, é bom lembrar que o hip-hop atual nada tem a ver com o cenário conscientizado que gerou nomes como  Kurtis Blow ,  Grandmasterflash ,  Public Enemy  e os judeus budistas do  Beastie Boys . Além do bom rap alegre de  Will Smith ,  Fat Boys ,  Naughty by Nature  e  De La Soul  (que participaram de uma faixa dos  Gorillaz , projeto fictício de  Damon Albarn , do  Blur ). Esta fase do hip-hop oitentista é bastante apreciada por mim, do contrário do hip-hop atual, abominado por mim. O hip-hop atual americano, surgido na metade dos anos 90, conhecido também como gangsta rap, já que vários intérpretes são oriundos de gangues de delinquentes, que se arrependeram do crime e foram fazer musica, manda no hit-parade americano.  A sua hegemonia obrigou uma adesão maior de nomes de outros gêneros, para

Por Marcelo Pereira Visitando vários sites de notícias de entretenimento, uma figura se torna cada vez mais presente neles: uma gatinha de meiga beleza sessentista e bem charmosa, que atende pelo nome de Carly Rae Jepsen . Quem é essa fofinha afinal? Jepsen é uma cantora e compositora canadense de músicas juvenis.  Tem 26 anos, mas aparenta ter uns 10 a menos. Começou em um reality do tipo "American Idol", para calouros locais e conseguiu um contrato com  Universal music canadense. Depois saiu, assinou com um selo pequeno (mas não independente, pois é tão comercial quanto qualquer major), 604 Records e estourou com uma simpática música Call me Maybe , que lembra uma "Taylor Swift" mais urbana, sem o lado contry/folk da nossa amada loirinha amaericana. Call me Maybe é comercialzinha, sem o propósito de ser levada a sério. Mas ela traz de volta o agradável prazer de ouvir uma gostosa melodia, algo que parecia estar meio extinto no cenário da música atual, cada vez man

Como falei ontem, eu fui à exposição em homenagem aos 30 anos do surgimento da rádio niteroiense Fluminense FM. A exposição ocorreu no Centro Cultural dos Correios, que curiosamente fica em uma rua com o mesmo nome da rua  de Niterói   onde ficava a sede da rádio (atualmente sedia a Band News FM) e onde fica a principal rodoviária. Foi permitido tirar fotos e filmar. As fotos estou postando aqui, nesta postagem. Os vídeos aguardam edição (meu celular só faz filmes de até 1 minuto - ou seja, o vídeo será uma "colcha de retalhos", uma coletânea desses pequenos "filmes), já que terei estou sem tempo para editar. Quando o vídeo estiver pronto, divulgarei por aqui, pois a maior parte do material da exposição só aparece no vídeo. Agradeço aos seguranças que além de permitirem, deram o maior apoio à fotografia e a filmagem, pedindo desculpas pela possibilidade de algum abuso cometido por minha parte.  Agradecimentos também a Marcelo Delfino e a Leonardo Ivo por terem comparecid

Por Marcelo Pereira No último sábado, eu (na foto sou o segundo, da esquerda para a direita) tirei o dia para ir com o meu irmão Alexandre  (o último da foto) e mais dois grandes amigos e parceiros, o xará Marcelo Delfino  (o mais alto da foto, que foi homenageado no evento com a colocação de uma frase sua em destaque numa parede no salão principal) e o Leonardo Ivo  (o primeiro da foto), este que me encontrei pela primeira vez pessoalmente, após muito tempo de amizade digital, à exposição de comemoração pelos 30 anos de surgimento da Fluminense FM , a melhor rádio de rock que o Brasil já teve. Delfino e Ivo são grandes pessoas, bem informados e super simpáticos, sempre postando coisas bem interessantes em seus blogues e no Facebook, dando sua pequena colaboração pelo fim da mesmice que, infelizmente, se tornou um patrimônio nacional. A exposição, que aconteceu no simpático prédio do Centro Cultural dos Correios (que tem um elevador das antigas como atração à parte), era legal, mas nã

Por Marcelo Pereira Embora no mundo a data seja comemorada no dia 19 de Novembro, no Brasil é num dia como hoje que se comemora do Dia do Homem. E qual é a importância da data de hoje? Para facilitar o entendimento, convém estabelecer uma diferença entre "machismo" e "masculinismo". - Machismo é o domínio do homem sobre a mulher e a consciência de que valores como força e poder são inerentes a masculinidade, sem chance de questionamento e dissociação. - Masculinismo é, ao mesmo tempo, uma resposta aos abusos do feminismo e também a negação dos valores machistas, dando uma visão humanizada do macho, pregando uma igualdade de direitos e deveres entre os sexos. Esta data tem a importância de lembrar que os homens não são aqueles durões estereotipados que a sociedade tanto acredita. Ainda vivemos numa sociedade que quer se vingar dos erros do machismo. Curioso que são justamente os não-machistas que pagam o preço mais caro pelos erros machistas. Eu mesmo sinto várias

Parece que estamos voltando aos bons tempos. Após Vanessa Giácomo, Giovanna Ewbank, Luciana Abreu, Lisandra Souto e Katie Holmes, mais outra mulher de verdade (não os sacos de silicone que são pagas para empinar os traseiros sem motivo), se torna uma gata livre, leve e solta, pronta para ops seus altos voos: a estonteante Alexa Vega. Essa perfeição que atende por este nome, revelada na série de filmes Spy Kids (ontem passou na Sessão da tarde um spinoff - derivado - de Spy Kids , Shark Boy & Lava Girl ; não estou certo, mas parece que Alexa faz uma ponta), dona de um dos corpos mais perfeitos e dos rostos mais lindos, além de ser totalmente charmosa e meiga, agora pode ser admirada em toda a sua plenitude, livre do chato que atendia pela função de "marido" num casamento precoce iniciado imediatamente após o fim da adolescência da atriz (o cara era mais velho). Essa notícia nos alegra por não se tratar daquelas vulgares idiotas que forçam um celibato que contradiz com o a

Hoje é um dia muito especial para quem gosta de música de verdade. Os Rolling Stones completam 50 anos de existência! E ainda com um pique invejável, prontos para o que der e vier, apesar dos quase 70 anos de idade de seus membros e dos danos causados pelas drogas, inevitável mania da segunda metade dos anos 60. Tudo começou numa estação de trem nos arredores de Londres, durante um reencontro de dois amigos de infância que haviam até então cada um tomado o seu rumo: Michael Phillip Jagger e Keith Richards. Aproveitaram o encontro para trocar os álbuns (em vinil, of course! ) de blue americano e decidiram formar uma banda. O nome? Foi tirado do famoso ditado "pedra que rola não cria limo" , citado em um blues de Muddy Waters. Não por acaso "Rolling Stone" é, até hoje, gíria para pessoas humildes que vivem lutando sem desistir para melhorar de vida. E muitos anos se passaram, muitos discos, canções memoráveis e muito exemplo de vida de quatro bons velhinhos cheios de

Cultura é uma palavra muito bonita. O significado dela está ligado ao saber espontâneo de um individuo ou grupo, que acaba por trazer lições a sociedade que devem ser passadas por gerações. Lindo, não? Mas saibam que no Brasil, principalmente o dos dias de hoje, isso não acontece, transformando a palavra "cultura" num mero atestado de suposta qualidade para um monte de diversões fúteis que não dizem nada. Para a maioria das pessoas, a palavra serve para justificar a permanência de qualquer atividade puramente lúdica, que na verdade só serve para que as pessoas possam se divertir. Não há nada errado nisso, pelo contrário. Se divertir é ótimo.  O que é ruim é tentar dar um caráter de seriedade a uma mera brincadeira, achando que passando a mesma de gerações em gerações, irá tirar alguma lição disso. Bom, temos muitas seculares brincadeiras que duram anos e anos e que nada colaboraram para o desenvolvimento da sociedade, que permanece absolutamente a mesma, provando que tais bri

Por Marcelo Pereira Como prova da influência progressiva no famoso movimento musical que nos mostrou Milton Nascimento , Lô Borges , Beto Guedes e vários outros, coloco esse áudio aqui. Essa banda, Gentle Giant , é a banda progressiva que mais gosto, mas para meu irmão , é uma das bandas favoritas dele. Ele é fãzaço da turma do gigante gentil. A banda, formada basicamente por irmãos e amigos, tem forte influência da música barroca. A sonoridade dessa música lembra muito a da maioria das música do Clube da Esquina. Seria o Gentle Giant uma sucursal britânica do Clube da Esquina? Mais curioso ainda é que uma coletânea que meu irmão comprou com as músicas gravadas pela banda, foi encontrado por ele (ele foi para lá para uma entrevista de emprego) na filial do supermercado G Barbosa , em Feira de Santana , na Bahia, em 2000. Alguns anos depois a mesma rede de supermercado instalaria uma enorme filial bem próximo da nossa então residência em Salvador. Pena que o Gentle Giant s

Ontem, foi encerrada mais uma edição da  FLIP, a Festa Literária Internacional de Paraty (Paraty Party?), que completa 10 anos e aproveitou para comemorar fazendo homenagem a Carlos Drummond de Andrade, um dos maiores e mais criativos escritores de nossa cultura, que faria 110 anos de nascimento. Este evento, que completa a sua décima edição, tem ajudado bastante a estimular a leitura  de nossa população, ainda submissa à televisão e tradicionalmente pouco afeita à leitura. A tarefa de desenvolver o gosto pela leitura de - bons, importante destacar, pois há muita coisa ruim sendo produzida e divulgada - livros, ainda é árdua, mas tem se mostrado bem sucedida. Desde que a FLIP surgiu, a venda de livrois vem crescendo gradativamente, apesar dos altos preços dos mesmos. Falando nisso, as editoras deveriam esquecer a ganância e lembrar de sua responsabilidade cultural, baixando os preços para que a leitura seja ainda mais estimulada. Não dá para estimular a leitura cobrando cerca de no mín

Já falei várias que a música rural corre o risco de morrer definitivamente. E essa verdadeira coronhada, feita pelos "sertanejos" picaretas pode ser mais fatal e dolorida do que se imagina. Há uma possibilidade dos chamados "Sertanejos Universitários" (Sertanojos Universotários), que nada tem de "sertão" e muito menos de"universitário", de serem desprezados por fãs mais adultos (que podem acusar os "universitários" de "urbanos demais"), que poderão trocá-los pelos breganejos veteranos, que têm o tempo de carreira como escudo. Quem entende de música sabe que a decadência da música rural já começou nos início dos anos 70 com Chitãozinho e Xororó, que trocaram a moda de viola por boleros chorosos e malfeitos, com letras de baixo nível, sobretudo sobre traições. Mas como os trastes fizeram cerca de 40 anos de carreira, a longevidade deu a eles imunidade e eles posam agora de "sertanejos autênticos". Não são

O resultado do último Censo apontou que para cada mulher, existe 0,96 homem, na população brasileira. O fato foi comemorado pela mídia como se estivesse sobrando muitas mulheres, reforçando o mito do país-mulher, que tanto alegra machistas e feministas. Mas se prestarmos atenção, essa "comemoração" é de uma surrealidade digna de um quadro de Salvador Dali. O que significa 0,96 homem para cada mulher? Significa que são 0,04 homens a menos, certo? Pelo amor de Deus, existe 0,96 homem?  Na Matemática, quando um número após a vírgula é maior que 5, se arredonda para mais, e menor se arredonda para menos. O que significa que temos empate. 1 homem para cada mulher, com redução de 0 (zero! Eu disse ZERO!!!) homens. Ou seja, a competitividade tão característica na vida afetiva continua de pé. Muitos búfalos machos lutando ferozmente pela escassez de fêmeas no mercado. E eu tenho que comemorar isso? Comemorar porque foi tirado do meu caminho 0,04 homem? Ora, sociedade: amadureçam bras

Todo mundo conhece o ditado citado no título. O significado deste provérbio é que normalmente as pessoas que  tem mais sorte ,  as que recebem os maiores benefícios, são justamente aquelas que não tem as condições de aproveitá-las, normalmente desperdiçando o privilégio que possuem. São como aquelas crianças que esperneiam escandalosamente nas lojas de brinquedos atrás daqueles brinquedos caríssimos, mas quando finalmente conseguem, largam em um canto e não brincam mais, enquanto outras crianças continuam desejando os mesmos brinquedos, mas com muito mais vocação para utilizá-los melhor. Na vida afetiva isso é muito frequente. No mundo competitivo em que vivemos, onde vemos injustiças para todo o lado, seria incoerente que a vida afetiva ficasse de fora. Há também muita injustiça na formação de casais. O pior: com a desvantagem de que a etiqueta social não permite que negociemos trocas de mulheres com outros homens, sobretudo desconhecidos. Quem casou, casou e se vire com a que pegou,

Uma vez, durante um concerto dos Beatles, John Lennon disse uma frase, coerente com o seu espírito rebelde: "Os que estão nos lugares mais baratos, batam palmas. Os que estão nos lugares mais caros, sacudam suas jóias" . Mas pelo jeito, apenas quem pode sacudir as jóias pode ir para casa com um cd dos Beatles na mão. Nenhuma loja coloca um cd dos Beatles em promoção. Os álbuns da banda sempre são os mais caros. Nem a nova edição, que saiu com horrendas embalagens de papelão (ótimo para cupins), sofreu redução de preço. Cada um sai a 40 reais. Os duplos (tiveram que descontar, pois 80 era demais, até mesmo para os lojistas) saem a 60 reais. Com 40 reais, dá para comprar um bom estoque de comida para duas pessoas durante um mês. Fica chato para alguém que curte a excelente música da eterna banda britânica para adquirir um título deles. Depois querem combater a pirataria eo download gratuito. Será que alguém irá deixar de se alimentar para reservar 40 reais por um c

Por Marcelo Pereira Fomos mais uma vez enganados pela Rede Globo. Tanto barulho se fez para alardear a estreia do "Encontro com Fátima Bernardes", anunciado como "algo inédito na TV brasileira", que na verdade se mostrou uma versão contida de programas do tipo "Casos de Família", que já existem há anos na TV aberta, arrasando qualquer tarde televisiva. Na verdade, a origem disso tudo estava na baixa audiência do Jornal Nacional. A emissora entendeu que era melhor tirar a Fátima Bernardes, considerada "insossa" pelo público em geral e substituí-la por Patricia Poeta, jovem primeira-dama de um poderoso figurão da emissora.  Cá pra nós: na minha opinião, Bernardes é mil vezes mais bonita, charmosa e simpática que a realmente insossa Patrícia Poeta, que segundo as más línguas, só está se dando bem graças ao figurão que a sustenta. mulheres de patrões sempre se dão bem na vida profissional. Com a saída de Bernardes do JN, tinha que criar uma função pa