Eu fui na exposição Maldita 3.0!!!

Por Marcelo Pereira

No último sábado, eu (na foto sou o segundo, da esquerda para a direita) tirei o dia para ir com o meu irmão Alexandre (o último da foto) e mais dois grandes amigos e parceiros, o xará Marcelo Delfino (o mais alto da foto, que foi homenageado no evento com a colocação de uma frase sua em destaque numa parede no salão principal) e o Leonardo Ivo (o primeiro da foto), este que me encontrei pela primeira vez pessoalmente, após muito tempo de amizade digital, à exposição de comemoração pelos 30 anos de surgimento da Fluminense FM, a melhor rádio de rock que o Brasil já teve. Delfino e Ivo são grandes pessoas, bem informados e super simpáticos, sempre postando coisas bem interessantes em seus blogues e no Facebook, dando sua pequena colaboração pelo fim da mesmice que, infelizmente, se tornou um patrimônio nacional.

A exposição, que aconteceu no simpático prédio do Centro Cultural dos Correios (que tem um elevador das antigas como atração à parte), era legal, mas não mostrou muita coisa. Várias fotos da equipe, de shows, brindes, discos, etc. Muita coisa já havia sido publicada no livro Onda maldita, de Luiz Antonio Mello, criador e patrono afetivo da rádio. Duas TVs mostravam videos e programas relacionados à rádio. Um telão mostrava o documentário "A Maldita" na íntegra, perto de um perto balcão com o troféu dado à produção do mesmo. Segundo Delfino, o grosso do patrimônio da rádio estará em um site criado para a comemoração: Maldita30, que ainda está sem conteúdo.

Mas o que gostei mesmo é de ver os poucos equipamentos mostrados, que soam jurássicos perto dos equipamentos de hoje. Meu computador, por exemplo, faz muito mais coisas que vários equipamentos da época juntos. Amei também os discos da rádio, em destaque o Alchemy do Dire Straits (recentemente lançado no Brasil em DVD - Eu quero!) com o selo de aprovação da rádio e algumas coletâneas, faltando infelizmente o Rock Urgente (Sony Music, 1982) e o Rádio Fluminense FM (EMI, 1983), as primeiras organizadas pela rádio.

Mas legal mesmo foi encontrar esses dois caras - meu irmão vejo todos os dias, pois mora comigo - e ter com eles uma rica e inteligente conversa sobre rádio, cultura e até sobre transportes, já que ambos, como eu, lutam para acabar com este "dogma" de que o sistema de ônibus que está sendo implantado nas cidades é o melhor, quando na prática se mostra exatamente o oposto. Conversar com Ivo e com Delfino, em si já é um grande aprendizado.

Só lamento não ter encontrado ninguém da rádio. Ia ser ótimo encontrar os responsáveis pela melhor rádio que o brasil teve em todos os tempos, num prédio simples junto à Rodoviária da cidade onde eu moro, Niterói. 

A Fluminense FM, surgida num belo início de março de 1982, pode até estar extinta nas transmissões. Mas ele vive nos corações de quem curte música de qualidade e longe do irrit-parede que submete tantos ingênuos que preferem levar gato por lebre, achando que ouvem música "de qualidade" atualmente.


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