As novas Rainhas do Rádio

Resolvi fazer um panorama do que observo entre as cantoras estrangeiras que tocam atualmente nas rádios. Não analisarei sobre a perspectiva de gosto, e se eu tiver que dizer se gostei ou não, especifico no texto sobre cada uma.

Mas as críticas são totalmente objetivas e se baseiam em fatos. Gostem ou não. Serão citadas as de maior sucesso e/ou execução nas rádios e presença na mídia (sobretudo a mídia "marrom"), independente da qualidade musical.

Vamos à lista das "rainhas do rádio" da atualidade:

Beyoncé - Considerada uma "diva" pela mídia e seus fãs, ele desmerece seu título, pois o tipo de música que canta, um charmezinho aguado com influências do gangsta-rap (cortesia do hubby Jay-Z) e o excesso de coreografias e exposições corporais (no melhor estilo "música é visual", lançado por Wacko Jacko), mostram a mediocridade artística de quem precisa de um rótulo pomposo para se promover gratuitamente. Ela demonstra arrogância proporcionalmente inversa a sua qualidade musical. O tempo sabe o que vai fazer com ela.

Britney Spears - Outra considerada, senão como "diva", mas como a "melhor cantora da atualidade". A imprensa cismou que ela tem a capacidade de produzir obras-primas, mas suas musiquinhas medíocres que misturam dance music com polkas mais lentas, com uma vozinha fraca, tratada com vocoders e letras sem pé nem cabeça, mostram que na verdade a crítica está realmente é excitada com o belo corpinho que ela tem. Outra que irá desaparecer.

Katy Perry - Essa parece que não se leva a sério. E isso é bom. Seu popinho fofo não chateia e soa bem melhor ao vivo (ela tem bela voz, mas abusou dos vocoders em estúdio), acompanhada com banda (em estúdio há mais teclados, como na dance-music). Como ela não faz questão de ser levada a sério, o que significa humildade e coerência, dá para curti-la sem susto. É uma gostosa bobagem. Ah, ela é lindíssima e tem beleza sofisticada, raro no meio musical onde ela se encontra.

Ke$ha - Essa é uma novidade que está começando a ser falado muito ultimamente. Imagine uma dessas cantrizes da Disney, com voz de criança, tentando fazer música para tocar na OI FM. A música Tik Tok é até legalzinha, estimula a dançar. Mas o jeito junkie dela poderá prejudicá-la. A maquiagem estilo "Pablo" serviu para diferenciá-la de sua quase sósia, a soulwoman britânica Joss Stone (que some cada vez da mídia na proporção em que sofistica cada vez mais seu som). Mas, do contrário da britânica, Ke$ha é para ser ouvida sem levar a sério.

Lady Gaga - Essa sí é uma kizumba que até agora não disse para que veio. Com visual escandaloso e de muito mau gosto, o som dela é uma reciclagem da dance music européia (Bélgica, Itália, Alemanha), tipo de som até então desconhecido nos EUA. Tem boa voz, mas seu som não tem personalidade. Merece ser esquecida.

Lily Allen - Seu som tem qualidade musical. Em seu primeiro disco, ela usou muito influências caribenhas. O interessante é que ela é britânica e não canta rock. Nada de rock. Em seu segundo álbum variou mais seu som com outras influências. Sua voz meiga e sua atuação nos clipes sugerem uma garota comportada, mas na vida real, ela é capaz de fazer coisas de deixar qualquer um de cabelos em pé. Ela foi citada na lista dos 10 corpos mais desejados e é uma das três únicas com seios pequenos a estar nesta lista cheia de peitudas. Possui uma beleza rara, sedutora, com carinha de meio pervertida.

Mariah Carey - O que seria da carreira dela se não fosse seu belo sorriso e seu corpo monumental. Porque a sonoridade dela é um desastre. Ela veio naquela leva de discípulas da Whitney Houston, que destruiram a música black americana e expulsou o jazz das rádios, substituído por essa gosma metida a sofisticada. Sua voz é até regular, mas limitada. Desafina quando tenta ir mais alto. O jeito é curtir o corpaço e o belo rosto, que representam o melhor que ela pode oferecer e sustentam sua carreira.

Miley Cyrus - Cria da Disney e filha do breganejo Billy Ray Cyrus, a adolescente de belos olhos resolveu fazer um popinho quase-roqueiro, baseado no que a personagem de seu seriado/filme de maior sucesso, Hannah Montana, fazia na ficção. Há quem não consiga separar Miley de Hannah. Ela prometeu dar um sumiço para reciclar o seu som. Vamos ver o que vêm por aí.

Shakira - Mesclando dance-music com influências latinas, essa colombiana mostra que não sabe o que quer da vida. Linda, com um corpo considerado um dos mais perfeitos, ela vive posando de politizada, conscientizada, mas, além de cantar letras cinfrins que não devem em ruindade a qualquer gangsta-rap, ela ainda é noiva do filho de um político corrupto. Ora, Shakira, vá dormir.

Taylor Swift - A mais humilde na lista. Parece que a bela cantora/compositora/musicista/produtora/designer/atriz nem tem consciência do sucesso que está fazendo. Responsável pela renovação do country de verdade nas paradas americanas (não confiem na breganeja Shania Twain), ela trouxe de volta o prazer de ouvir música. Música feita e produzida por ela, muitas vezes sozinha. Esta vendendo disco que uma barbaridade, embora a maioria de seus fãs não prestem atenção em sua música, achando que ela é mais um modismo, como as outras cantoras. E não é, pois faz um trabalho de alta qualidade (lembra o lado country de Suzanne Vega às vezes) e é a única da lista que merece a eternidade cultural.

Comentários feitos, tirem suas conclusões. Só não queiram me matar.

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