Chuvas em Salvador: cai mais um mito

Salvador é uma cidade mitológica. É a única cidade do Brasil dividida em duas: a que existe de fato e a que todos querem que exista. Muito se fala de Salvador como se ela fosse uma espécie de ilha da fantasia brasileira. Morei lá durante 18 anos e não realizei sonho nenhum. Pelo contrário: passei meu inferno astral lá e só agora estou podendo encontrar perspectivas de melhoras em minha vida, já que voltei a cidade onde fui criado, Niterói, Estado do RJ.

A mitologia baiana faz questão de esconder os problemas de Salvador. Se preocupa mais em divulgar as qualidades, reais e principalmente as fictícias, já que precisa disso para atrair turistas. O turismo é a única indústria realmente rentavel na capital baiana. Curiosamente, a UFBA não possui faculdade de turismo (um absurdo, como tantos que existem na "terrinha").

Lembrando que não invento defeitos. Só reclamo dos defeitos que existem. Inventar defeitos é tão cruel quanto inventar qualidades, como fazem os meios de comunicação em relação à Salvador.

O ano de 2010 vai ficar marcado pela queda de mais um mito: o de que "nunca chove em Salvador". E aqueda foi bem brusca, já que neste ano, os dias de chuvas foram em maior quantidade dos de sol. E chuvas diretas, não as pancadas que conheci quando vivi por lá. Aliás, houve uma troca: em Niterói é que passou a ter pancadinhas, fazendo com que dias de chuvas não impeçam que pessoas possam sair de casa.

O povo baiano, arrogante e teimoso, que detesta conselhos (confundido como "ofensas") e vive se isolando culturalmente, precisa aprender com os próprios erros. O destino de pessoas teimosas é sempre o fracasso.

O dia em que forem humildes e ouvirem mais conselhos vindo de gente que não vive na capital baiana, com certeza crescerão. Ninguém se evolui sozinho e ninguém é dono da verdade. Sempre existe alguém que sabe um pouquinho mais e merece ser ouvido.

Entenderam, baianada?

Portanto, continuem curtindo a chuva, para refrescar as cabecinhas quentes. Deverá fazer um bem a vocês.

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NOTA: Andei muito na avenida que aparece na foto, a Vasco da Gama, que liga o bairro do Rio Vermelho ao centro da cidade. Nos tempos de faculdade ia muito a pé, mas na mesma avenida também passa uma das principais linhas do bairro onde eu morava, a 914, Vale do Rios - Federação R4, da empresa BTU, que eu pegava muito.

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