Amor é sentimento, não aparência

Há poucas semanas tivemos a notícia do casamento da atriz Hilary Duff com o jogador de Hóquei Mike Comrie, filho de um ricaço. Ela já havia ganhado um caríssimo anel de noivado e seu casamento foi numa cerimônia secreta, mas não discreta. Foi uma festa cheia de pompa.

Para as pessoas materialistas, que precisam de provas materiais da existência do amor, foi uma festa linda, a manifestação pura do amor verdadeiro. Aí eu pergunto: será? Quem pode provar isso? A lógica não impede a hipótese dos dois se odiarem e estarem selando na verdade um consórcio de interesses. Pode parecer duro, mas muitos casamentos têm sido assim.

O amor, na verdade é puramente espíritual. O seu nome, por significar algo tão elevado, agrada a todos e faz com que as pessoas que não conhecem o sentimento puro, usem o seu nome para definir qualquer tipo de sentimento que esteja relacionado com qualquer casal. Até mesmo serve de eufemismo para "sexo" em muitos assuntos (desde quando se excitar e se apaixonar são a mesma coisa?).

Amor, por ser algo espiritual e que envolve altruísmo, nada tem a ver com muitos relacionamentos da atualidade. Talvez a palavra atração" ou "paixão" possam ser mais adequadas. Mas observando o cotidiano de muitos casais e a personalidade de seus membros se nota muitas vezes um comportamento que chega a ser o oposto do verdadeiro amor. Mas como o amor é imaterial e invisível, a sociedade prefere manter o erro de defini-lo como "amor", que é mais bonito.

Quando duas pessoas se unem por motivos materiais (geralmente, as mulheres pelo dinheiro, os homens pelo sexo), por mais "romântica" que seja a aparência que queiram dar ao relacionamento, ao morrerem, os espíritos se estranham como totais desconhecidos e vão cada um, para seu canto. Claro, desencarnados estão despidos de toda a matéria que serviu de atrativo e de identificação. Sem o corpo e as suas propriedades, se tornam tão vazios como o vácuo. E seus entes na terra pensando o que o casal está no céu cantando músicas românticas com os anjos. Não sabem que a realidade é dura para quem a ignora.

O amor deveria ter seu nome pronunciado cada vez menos e com o máximo de cuidado. É um sentimento nobre que poucos tem a capacidade de sentir. É imaterial e altruísta. Quem ama de verdade pensando bem estar do outro. Mulheres que amam não deveriam querer diamantes caros dos maridos. E maridos que amam deveriam mandar os seus times de futebol, com seus milionários analfabetos que nada fazem pela sociedade, se fuderem e ir passar o domingo abraçados a suas esposas.

Porque o amor não são jóias, carros, casas, e nem peitos e vaginas. Nem é mostrado nas novelas, que não passam de obras de ficção cheias de mentiras. O amor é coisa séria que deveria ser respeitada. Amar é tomar uma decisão muito importante. Amar é ser responsável, fiel. Não se trai por amor, pois quem trai é indeciso, imaturo, desonesto e o pior: não ama ninguém, nem a si mesmo.

Quem ama não violenta, quem ama não é interesseiro. Quem ama respeita, pois o respeito faz parte do amor. Amor sem respeito é um nada, vira pó, não existe.

Sucesso no amor, fracasso na vida profissional

Voltando ao casamento de Hilary Duff, que me motivou a escrever este texto: não foi bom para ela profissionalmente. Ela pode ter perdido fãs. Muitos dos rapazes que a idolatravam não acharam uma boa ideia ela ter casado com um cara tido como bronco e agressivo. Não combina com a sua (suposta) delicadeza. Suposta porque ao receber o tal anel caríssimo, ela começou a exibir feito uma dondoca irresponsável e interesseira, mostrando o seu caráter duvidoso e quebrando o encanto daqueles que pensavam que ela era uma boa moça, uma fada, uma princesa. Talvez ela seja uma (sa) fada.

E mais: a revista que fez a cobertura de seu casamento encalhou nas bancas, demonstrando que a sociedade já começa a não tolerar mais ostentações hipócritas de um falso amor. Amor é simplicidade, quando ele vem com muita pompa, é alarme para desconfiança.

Casamentos de mulheres delicadas com fortões já não estão sendo bem vistos na sociedade estadunidense. Eliza Dushku e Hayden Panettiere também arrumaram seus "gorilas" de estimação e já estão perdendo fãs por causa disto e aparecendo cada vez menos na mídia. A lógica pede que fortões se casem com mulheres vulgares, já que há afinidade de personalidade e meio social.

Bom que Comrie continue a ganhar muito dinheiro. Vai precisar para sustentar sua tão desejada "amada", que poderá ficar sem emprego, se a popularidade dela não parar de cair.

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