"Quem gosta de estudar não é admirado no Brasil", afirma cientista chinês

ESPREMENDO A LARANJA: Recado ao povo imbecil que predomina em nosso país e que idolatra os jogadores de futebol (maior exemplo de pessoas excessivamente valorizadas em nosso país, algo que o cientista se esqueceu de citar) como se eles fossem "guerreiros sábios lutando em nome da pátria": o cérebro fica na cabeça e não nos pés e sem aprendizado básico ninguém é nada.

Ouvindo as vozes de Neymar e Ganso, os queridinhos do momento, nota-se que nem o básico eles sabem direito, pronunciando mal as palavras e demonstrando total ignorância quando perguntados sobre seus gostos e opiniões. Bichos aprendendo a ser gente.

É triste ver que caras ignorantes como Neymar e Ganso são ultra-valorizados nesse país, incentivando os jovens a abandonarem a boa cultura, a não correrem atrás de pesquisa e informação e subestimar a classe e o bom gosto. Deste jeito o país nunca evoluí, os medíocres chegam a posições privilegiadas, tomando o lugar de gente com sabedoria, que sofre em nosso país, graças a importância que a TV, grande guru da massa acéfala a coisas fúteis e inúteis e a pessoas sem capacidade de realizar (verdadeiros) grandes feitos.

Como se correr atrás de uma bola e chutá-la em uma rede pudesse salvar a humanidade e desenvolver o país. Como se uma taça conquistada em um campeonato de futebol compensassem todas as injustiças.

Ah! Nada contra jogadores de futebol. Mas não acham que para o que eles fazem, eles não estão sendo tratados com importância demais? O que eles fazem é apenas diversão, provocar risada, nada mais. O Brasil não vai ficar melhor por causa deles, certo?

"Quem gosta de estudar não é admirado no Brasil", afirma cientista chinês

RICARDO MIOTO - FOLHA DE SÃO PAULO - 19/07/2010 - 12h12

Guo Qiang Hai, 48, físico chinês que mora em São Carlos (SP) desde 1993, veio para o Brasil sem conhecer ninguém, atrás de uma bolsa na Universidade Federal de São Carlos. Desde 2003 é professor da USP.

Adora o país, mas está preocupado. Tem uma filha de um ano com uma brasileira e acha que as escolas que ela vai frequentar não são tão boas quanto as chinesas.

"Na China a escola é em tempo integral, o aluno sempre volta com tarefa. Se precisar, ele estuda no sábado."

Para Hai, a escola chinesa não é melhor apenas que a brasileira. Ele tem outra filha, que estudava na China até o ano passado. Com dificuldades em matemática, tinha um professor particular.

Quando a menina se mudou com a mãe (também chinesa) para a Austrália, se tornou a melhor da turma na matéria. "Todos falam para ela "nossa, como você é inteligente'", conta Hai, rindo.

"Além de o professor chinês ganhar bem, os alunos respeitam. Existe uma cultura que valoriza o conhecimento. Aqui não é bem assim. Na TV, parece que só se admira quem participou do Big Brother, tem dinheiro, é modelo. A sociedade não põe na cabeça das crianças que elas têm de estudar."

Isso se reflete na qualidade da pesquisa brasileira, diz Hai. Ainda assim, ele diz que a valorização da ciência tem melhorado: "Em São Paulo, não falta financiamento".

Folga

Para o pesquisador é estranho sofrer pouca cobrança. "O docente aqui é funcionário público, não tem tanta pressão como nos EUA ou na China. Aqui existem muitos que se dedicam dia e noite, mas quem não faz nada continua na universidade."

Existem problemas, mas é preciso ressaltar as qualidades do país, diz. "As pessoas são legais, é fácil fazer amizade. Eu gosto muito, gosto do clima. Só português eu achei meio complicado", brinca.

Hai acompanha com otimismo as notícias de seu país. "Quando saí da China para a Europa, em 1988, ela era bem fechada. Hoje mudou muito. Ainda não existem jornais particulares, a TV é estatal. Mas você pode falar com os seus amigos o que quiser. Não é que nem a gente vê na televisão aqui."

Diz se impressionar com o crescimento econômico chinês. "Todo mundo está querendo ficar rico. Deus é grana", brinca. "Se você tem dinheiro, faz o que quiser."

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