Diversidade Cultural, hoje? Coisa nenhuma!

Muita gente vive dizendo que atualmente é que vivemos uma época de diversidade cultural, que temos muitas opções de tipos de música, patati patatá...

Mas o que essas pessoas não sabem é que o que eles chamam de "diversidade cultural", na verdade é uma monte de bobagem que na verdade não passa de farinha do mesmo saco, mas só porque muda uma batidinha aqui, outra ali e muda o visual (roupa, nada a ver com música, sonoridade), recebe um rótulo diferente.

Diversidade mesmo foi nos anos 80, apesar de vários nomes, com sonoridade totalmente diferente se reunir sob um só rótulo: rock nacional. Eu já tinha falado sobre isso.

Para esclarecer esta confusão, eu estava conversando com meu irmão e falei a ele uma outra metáfora que vai ajudar a entender a problemática da diversidade cultural. Consideremos o tipo de música uma essência de perfume.

Nos anos 80, existiam muitos perfumes, com aromas totalmente diversos, uns dos outros. Só que os frascos onde ficavam estas essências eram iguais. Somente ao abrir o frasco e exalar o aroma é que se percebia a diferença. É o caso do rock nacional. Paralamas tinha uma sonoridade diferente dos Titãs, que diferia muito da Legião e que por sua vez era totalmente diferente dos Engenheiros e assim por diante.

A partir dos anos 90, até agora, uma mesma essência é vendida, com pouquíssimas variações. Mas os frascos são totalmente diferentes. É o caso dos ritmos do popularesco: para cada rótulo, um frasco diferente, apesar do conteúdo ser o mesmo: um frasco para o axé, outro para o "funk", outro para o brega, outro para o pagode e mais outro para o "sertanejo". Os seus derivados também recebem frascos diferenciados, embora o conteúdo varie em quase nada.

Espero que entendam porque hoje não temos diversidade cultural e que tivemos, sim, na época do rock nacional.