Eu não acredito em premiações

Nesta época de final de ano, pipocam as premiações. Melhor disto, melhor daquilo. Sabe, eu não acredito nos resultados destas premiações. Pelos resultados observados, está na cara que cada vez mais critérios subjetivos são utilizados para definir alguém como "melhor" ou não.

E não adianta colocar especialistas. Dá no mesmo, pois não sabemos o que acontece nos bastidores das escolhas. Pode ser utilizado apenas critérios de preferência pessoal (leia-se "gosto"), mas também pode rolar conchavos e pagamentos para que fulano ou sicrano sejam escolhidos.

E quando entregam a pessoas comuns a "missão" de definir quem é melhor ou não, como fazem os programas de televisão, aí é que a catástrofe acontece, pois a decisão de eleger o melhor em algum aspecto é entregue muitas vezes a gente de nível intelectual baixíssimo e que muitas vezes nem sabe o que é melhor para suas vidas, quiçá saber quem é o mais talentoso ou o que fez a melhor obra.

Recentemente descobriu-se que os dois últimos prêmios de Nobel da Paz foram entregues a personalidades que já declararam a favor de guerras em entrevistas. Há quem fale em marmelada.

Outro exemplo foi a escolha, pelos eleitores de uma revista, do jogador Neymar como "homem do ano". Neymar, além de demonstrar claramente ter pouca ou nenhuma cultura (fato), ainda não serve como exemplo de ser humano para a sociedade. Ele até pode ser o jogador do ano, mas "homem do ano" é exagero.

Fora as escolhas que vemos em edições do Grammy e do Oscar, onde muitos mercenários (fazem suas obras com claros interesses financeiros, abrindo mão da espontaneidade para adequar as tais obras às exigências do mercado) são premiados como se fossem os "grandes poetas da humanidade". E sem falar dos concursos de beleza: mais subjetivos, impossível.

Prefiro não confiar em premiações. O valor de alguém deve ser observado em suas obras, naquilo que realmente sabe fazer. Nunca deve se basear em "gosto" ou preferência de ninguém. O fato de alguém ter admiradores não dá qualidade a uma obra.

Prefiro observar a trajetória, as obras e o que o seu responsável pretende fazer com elas. Esses sim, devem ser os critérios para definir a qualidade e o valor de alguma personalidade.

Prêmios são meras estátuas, simples títulos. Títulos ficam. Mas o valor de uma obra legítima nunca se acaba. Mesmo que ninguém se interesse por ela.

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