Diversidade Cultural era no Rock Brasil



Muita gente vive dizendo que está feliz nos dias de hoje porque temos "diversidade cultural", por causa dos ritmos popularescos. Diversidade? Onde, meu filho?

Os popularescos costumam ser muito parecidos. Normalmente não tem informação musical, vê a carreira como um mero emprego e criam suas obras com o capricho que um estudante de primário dá ao seus trabalhinhos de escola. Ou seja, mediocridade geral.

A estrutura melódica da parte vocal de qualquer ritmo popularesco, seja o axé, o sambrega, o "funk", o breganejo e até o brega-de-raiz, é basicamente a mesma. Só variam as batidas e as danças. Até porque seus criadores, mercenários e incultos, não são capazes nem querendo de realizar algo relevante e variado, tendo que seguir fórmulas prontas.

Mas esses mesmos fãs que elogiam os tempos atuais por causa dessa falsa diversidade, costumam reclamar dos anos 80, porque acham que não tinha diversidade. Eu discordo e posso provar que havia diversidade sim.

A DIVERSIDADE DO ROCK BRASIL DOS ANOS 80

Apesar de reunidos sob um só rótulo, do contrário dos popularescos, os representantes do Brock representavam sonoridades muitíssimo diferentes. Era fácil identificar as bandas pela sonoridade. A Blitz tinha um som, Os Paralamas do Sucesso outro, os Titãs tinham também sua sonoridade, Os Engenheiros eram bem diferentes disso tudo, a Legião também, o Biquini, o Capital, O Camisa de Vênus, O Barão Vermelho...

Cada banda tinha a sua sonoridade própria. Tão própria, que chega a parecer um erro reuni-los sobre um só rótulo. Deveria ser, por exemplo, Legião-music, Titãs-music, Engenheiros-music e por aí vai.

Graças a excelente qualidade e a vasta informação musical, essas bandas puderam desenvolver a sua sonoridade de maneira inteligente e espontânea, sem recorrer à fórmulas ou aos mesquinhos interesses de puramente ganhar dinheiro com isso. Se venderam muitos discos e lotaram shows, foi porque agradaram ao público com aquilo que sabiam fazer, sem ter que apelar para um recurso muito utilizado pelos popularescos: a manipulação ideológica, já que o sucesso dos popularescos é forjado, imposto, já que seu público alvo é bastante vulnerável, graças ao escasso senso critico e ao ausente senso do ridículo.

Saudades da verdadeira diversidade cultural, onde podia gostar de várias bandas surgidas ao mesmo tempo sem enjoar de nenhuma.

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