Quando as pessoas confundem esforço com inteligência

ESPREMENDO A LARANJA: É um dos graves erros de nossa sociedade. Muitas vezes aquele que tira as maiores notas não é o mais inteligente. Superdotados normalmente tiram notas médias, raramente tira as altas, já que não se adaptam a um sistema de ensino totalmente construído em base na errada ideia de que inteligência é acúmulo de conhecimento.

Os CDFs, que tiram as maiores notas, são apenas fazedores de provas, aqueles que conseguem se adaptar facilmente aquilo que a escola exige (nem sempre corretamente, vale a pane alertar). São bastante esforçados nas tarefas, mas medíocres - não exatamente ruins - em inteligência e criatividade.

Conversei com vários CDFs e noto que a maioria esmagadora deles não demonstra muita inteligência. Normalmente os CDFs não possuem boas referências culturais, são modistas, não possuem ideias brilhantes e estão pouco ou nada interessados em melhorar a sociedade. São os robôs que o mercado de trabalho injusto e ganancioso tanto precisa. Como cidadãos, uma bosta.

É melhor revisarmos nosso conceito sobre inteligência, pois a melhor compreensão do que é ser inteligente é que dará condições de melhorar o sistema de ensino e aproveitar melhor as capacidades que cada pessoa possui para dar o melhor de si, não só para o mercado de trabalho, mas para toda a sociedade.

Quando as pessoas confundem esforço com inteligência

quarta-feira, 2 de março de 2011 - Carlos Sales Blog do Concurseiro

No final do ano passado fui à festa de formatura da minha irmã, na mesma escola pública onde terminei o meu colegial. Procurei pela minha família e assim que a localizei me dirigi àquela mesa. Além dos meus familiares estava sentado lá um sobrinho do meu padrasto com uma pessoa ao qual eu não conhecia.
Então esse sobrinho, ao me apresentar para sua companhia, fez o seguinte comentário:

- Ele chegou! Esse cara ai é “superdotado”. Ele passa em todos os concursos...

Esse comentário me deixou chateado. Porque será que as pessoas confundem inteligência com esforço?

Sou uma pessoa normal que estabeleceu uma meta de passar em um concurso público. Graças às escolhas que fiz consegui ser aprovado e, não considerar todo o esforço que tive que fazer para obter minha aprovação é, no mínimo, injusto pelos seguintes motivos:

1- Enquanto as pessoas estavam no cinema, eu estava assistindo vídeo-aula;

2- Enquanto as pessoas estavam indo para a praia, eu estava estudando Raciocínio Lógico;

3- Enquanto ficavam no MSN jogando conversa fora, eu usava a internet para tirar uma dúvida;

4- Enquanto as pessoas dormiam, lá estava eu fazendo exercícios, ao meu modo;

5- Enquanto as pessoas assistiam a novela das 8 eu analisava um edital e calculava o tempo de prova por questão.
Resumindo, enquanto as pessoas não faziam nada para serem aprovadas em um concurso, eu fazia tudo que estava ao meu alcance para conseguir a aprovação.

Enquanto não somos aprovados somos considerados “os chatos” por não sair para os lugares ou não participarmos de certos encontros, mas quando passamos somos os “superdotados”. Não é muito Injusto?

Como diz a minha esposa: “Dizer que somos superdotados tira todo o nosso mérito por estudar com um objetivo e joga a culpa (mérito) na genética como se esse fosse o único motivo, razão ou circunstância de termos conseguido passar.

Resumo da Ópera - Muitas vezes não somos reconhecidos pelos esforços que fizemos para atingir nossos objetivos.

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