Rock in Rio se mediocriza cada vez mais

Eu estou batendo o martelo: eu não vou ao Rock in Rio. Com certeza está longe, muito longe de voltar ao glamour do festival de 1985. aquele era único. Todas as outras edições foram um fiasco. Que mania de nunca estabelecer um critério sério para escalar as atrações, transformando numa gororoba sem sentido que só dá náuseas. Não. Definitivamente eu não irei ao Rock in Rio. Vou gastar o dinheiro em coisas mais produtivas.

Se as melhores atrações já escaladas, não empolgam, imagine as piores. A Grã-Duquesa da Mediocridade, Viscondessa da babaquice Musical, Dona Ivete I, que estava a ludibriar os lusitanos em todas as edições do além-mar (que estranhamente se chamou "Rock in Rio Lisboa" - Rio Lisboa? onde fica isso?), agora é convidada para re-ludibriar os brasileiros. Ainda bem que os americanos ela não conseguiu ludibriar, já que só tinha brasileiro em suia festinha particular.

Nem vou ficar perdendo tempo comentando sobre as outras atrações. Parece que o Festival de Verão de Salvador já começa a fazer o caminho oposto - agora o discípulo influencia seu mestre. O festival anual da capital baiana, que em algumas edições foi legalzinho (eu até fui a 3 edições), está atualmente uma merda - a melhor palavra para definir - agora contamina o Rock in Rio com sua mediocridade e submissão ao mais banal e fútil possível. Daqui a pouco vão escalçar os lixos sonoro-radioativos Parangolé e o Bonde do Maluco (presentes no FdV) para o RiR.

Não vou gastar exorbitantes 190 Reais (empresário como o Sr. Medina se esquecem que esse preço é mais que 1/3 do miserável e inconstitucional salário mínimo) e meu tempo - engarrafamentos, engarrafamentos - para ver coisas medíocres. Prefiro entrar no túnel do tempo e assistir a festivais de verdade como Monterrey e Woodstock (os originais) ou ir a Londres ver bons shows acontecendo ao meio dia, no intervalo do trabalho, com bandas que sozinhas superam todas as atrações dessa edição fajuta do Rock in Rio.

É como eu disse: Rock in Rio, mesmo, só teve um só, o de 1985. O resto foi pirataria.