Limpando o meu nome

Meu nome é Marcelo Pereira. Cumpro meus deveres, pago a minhas contas em dia, quando posso sempre ajudo a quem precisa e posto textos em meus blogues que possam ajudar as pessoas a melhorarem seu intelecto e seu senso de ética. Curto ônibus praticamente desde 1 aninho de idade, desde que eu era neném. Neste ano fazem 40 anos de busofilia, pois eu faço distinção entre a busologia (mais técnica, especializada) com a busofilia (apenas admiração, sem noção técnica), pois eu não entendo de motor, de chassis e muito menos de seu funcionamento.

Meu nome tem se sujado na busologia graças a várias discordâncias com busólogos que se acham no direito de errar pensando que isso é acerto. Eles não possuem a humildade de acatar os conselhos dos outros, achando que suas opiniões são patrimônios pessoais que merecem ser mantidos e guardados a sete chaves. Se esquecem que ninguém é perfeito e que erros e defeitos existem para serem eliminados. A eliminação dos mesmos nos dá a oportunidade de desenvolvermos qualidades que poderão nos ser úteis no futuro.

Sempre me esforcei para ser uma pessoa cada vez melhor. Estou isento de ser classificado como "vilão", como "mau caráter" ou qualquer coisa parecida. Sei que nem os bons agradam a todos - até Jesus foi morto porque alguém não concordava com o que ele falava - e temos muitas vezes que aguentar a fama de "vilania" que tentam forjar para nos.

Porque para mim, pensar diferente não é ser mau. Reclamar de problemas não é ser mau. Apontar erros não é ser mau. Ser diferente é não se submeter à mídia e às regras sociais equivocadas (apesar de consagradas) que impedem nosso livre arbítrio, a manifestação de nossas vontades e a satisfação de nossas necessidades.

É bom lutar por melhorias reais, se baseando no raciocínio e na coerência, sem aceitar cegamente o que as autoridades decidem por nós, muitas vezes sem o conhecimento técnico daquilo que é empurrado à população.

Vivemos num modismo de mobilidade urbana, cheio de boas intenções, mas incoerente com as características de cada localidade a ser implantada. Se esquecem que o principal é estimular o não-uso dos automóveis, algo que pode ser feito sem a adoção de belíssimos e gigantescos minhocões a trafegar em vias separadas, com a estampa da prefeitura em suas carrocerias. Mas no Brasil, país da credulidade, quando uma ideia se consagra, vira dogma e se torna difícil de combater.

Não vou mais tocar no assunto, pois os defensores desta ideia e de outras (como na polêmica do ar condicionado, onde um grupo de busólogos confundiu a minha exigência de provas com "calúnia", também sujando o meu nome, como se eu estivesse errado), são gente com visibilidade e atrelada as poderosos ou aos controladores dos sistema de transportes. Infelizmente a população continuará a sofrer com o transporte público, pois o passageiro é a peça mais desprezada na discussão de melhorias de transporte.

Se sentir ofendido é uma tática muito frequente de quem não possui a capacidade de discernimento. Cada um trata a sua opinião como patrimônio pessoal e motivo de orgulho, não aceitando outra mais coerente em seu lugar. Pois aceitá-la, para os ignorantes, significa admitir que está errado, além do esforço de pensar muito para verificar se a outra ideia está correta ou não. Mais fácil dizer que não.

Ignorante não é aquele que se assume como tal. É aquele que pensa que está correto e teima em não se corrigir. Quem admite seu erro, acaba conhecendo o aspecto a ser reparado.

Muitas vezes cheguei a ter opiniões equivocadas que com o tempo fui percebendo que estava errado, em algumas vezes após ouvir conselhos de outras pessoas. Se me conhecessem a 20 anos atrás, perceberão que eu era uma pessoa muito aquém do que sou agora, com grandes diferenças. Hoje sou bem mais maduro, graças a reflexão e a análise dos conselhos que recebo.

Vou continuar a gostar de ônibus e a manter este blogue - que falará também de outros tipos de transporte, afinal "mobilidade" não são somente os minhocões uniformizados do BRT - , pois tenho a consciência de que nada fiz de errado. Meu erro foi tentar enfrentar a teimosia alheia, ainda muito presa a instintivos padrões herdados do primitivismo e à vaidade pessoal.

Mas vou curtir como eu curtia antes, quando eu pensava que somente eu gostava de ônibus. Mas darei preferência aos ônibus rodoviários, já que neste ramo, além de não absorver as delirantes regras da "mobilidade urbana", não vejo muita brigas nem polêmicas envolvendo seus admiradores.

Eu Marcelo Pereira, digo a meus desafetos: não fui eu que fiz inimigos. Eu não tenho inimigos. Aqueles que me detestam é que perdem a oportunidade de ter uma pessoa maravilhosa como amigo, um cara que só gosta de ajudar e que é agradável de se conviver. Eles é que me perdem, em troca da adesão a gente com mais poder e visibilidade que podem até favorecer privilégios, mas nunca serão amigos de verdade, traindo quando chegar a oportunidade para isso.

Para aqueles que não me conhecem, mas ouvem falar mal de meu nome, não liguem para eles. Meu nome é limpo e meu caráter é idôneo. Sou uma pessoa de respeito e que se esforça em não cometer erros. Perfeito eu não sou, mas a minha vantagem é querer sempre me melhorar e não utilizar a admiração de ônibus para tentar elevar a minha auto-estima, compensando as qualidades de quem não consegue se evoluir.

Exijo respeito e peço que não associem meu nome à fatos desagradáveis. Procurem me conhecer, antes de falarem mal de mim.

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