Não cobice a mulher do próximo

Boa parte das pessoas tem algum tipo de trauma. Uma experiência negativa que foi muito impactante ou constante, sempre acaba moldando a nossa personalidade, fazendo-nos reagir de certa forma a certos acontecimentos que nos chegam.

O meu trauma é o excesso de mulheres comprometidas. Por muitas vezes consecutivas, me interessei por mulheres que acabam se revelando como tais, por pertencerem a outros homens, seja como namoradas, noivas ou esposas. A sucessão disso por inúmeras vezes marcou meu subconsciente. Até hoje acredito que as mulheres que gosto pertencem a outros, enquanto as que eu posso conquistar não me interessam ou trazem graves problemas.

Segundo o que a Bíblia diz - e boa parte dela é de lendas, pois na Idade Antiga era muito comum explicar as coisas com alguma história inventada -,  Moisés, vivendo numa sociedade grosseira, teve que usar a redundância para estipular como "leis divinas" (para uma lei ser obedecida, ela deveria ter caráter divino), o que poderia ser resumido como "faça com os outros o que quer que façam com você". Daí surgiu Os Dez Mandamentos, que as religiões materialistas até hoje defendem como "leis de Deus". 

Uma delas diz que não se pode cobiçar a mulher do próximo (o homem da próxima pode, né?). Se realmente essa lei fosse divina e se Deus punisse (Deus não pune, quem pune é a nossa consciência, por consequência dos atos que cometemos), Deus escolheria a punição mais cruel para mim, já que o que mais faço é cobiçar a mulher do próximo. Pô, os caras pegam as melhores e só sobra bagaceira, fazer o quê?

E porque estou escrevendo sobre isso? Porque hoje, uma das mulheres mais maravilhosas do mundo, meu padrão preferido de beleza, uma mulher de personalidade decidida, bom gosto cultural, voz sedutora, corpo escultural e talento comprovado como atriz, produtora e diretora, Natalie Portman, israelense radicada nos EUA, vai se casar, se tornando propriedade privada de um sortudo que, como a maioria dos homens que se casam, talvez nem faça muita questão das qualidades que ela tem, se casando com ela pela força das circunstâncias, podendo casar com qualquer outra, se estivesse ao seu alcance.

Hoje é um dia triste. Ainda mais que sabemos que sobram cada vez menos mulheres como Portman e sobram mais mulheres sem valor ou por serem burras ou pro serem vulgares, tirando o direito de escolha dos homens que por má sorte, acabam perdendo muitas oportunidades na vida afetiva.

Estamos de luto. As flores murcham , céu fecha e continuamos nós, com a sempre fiel solidão, aguardando os prometidos dia melhores que nunca chegam.

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