Justin Timberlake entra para o Rock in Rio fazendo bagunça

O Rock in Rio não é um festival de rock, do contrário que o nome diz. É uma gororoba musical, uma espécie de Casa da Mãe Joana onde qualquer um que consiga levantar multidões entra sem a menor cerimônia. Se não bastasse a inclusão da "sabe se lá o que ela canta" Beyoncé, agora teremos Justin Timberlake. Tanto a cantora quanto o (excelente) ator e (medíocre) cantor são oriundos de grupinhos de menudos.

E não são apenas os fãs da Jessica Biel, beldade que se casou com o cantor, que estão fulos da vida com o fedelho. Os fãs dos grandes Bruce Springsteen e John Mayer, esses sim, nomes legítimos do rock, estão de cabelos em pé após a entrada do ex-N'Sync.

Para poder colocar Timberlake como atração principal (conhecida como "headliner" ou cabeça de linha), os organizadores tiveram que negociar para que Springsteen e Mayer pudessem mudar o dia de suas apresentações, exigindo um enorme esforço dos fãs, com os ingressos já em mãos, para que os shows desses legítimos roqueiros não pudessem ser perdidos. Como podem perceber, a dance music venceu o rock, justamente em um festival que usa o guitarrístico gênero em seu nome.

E com isso, mais uma edição chinfrim do festival  passa a acontecer, com prioridade absoluta a cantores-dançarinos (a intrometida axezeira-ditadora Ivete Sangalo já virou "sócia" do festival, tendo sua presença garantida em qualquer edição) em uma época onde o rock vai mal de popularidade, resumido a um mero nome a elevar o prestígio de cantores medíocres que sabem mais realizar espetáculos de dança que deixar mensagens que possam acrescentar algo mais a uma sociedade cada vez mais carente de cultura e enganada por uma mídia cada vez mais mercenária e manipuladora.

A cultura rock desagradece.

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