Os 50 anos do primeiro álbum dos Beatles

Na última sexta-feira, dia 22/03/2013, completou a quinta década do lançamento do primeiro álbum da melhor banda de rock de todos os tempos: The Beatles. Era o início de uma trajetória que sem qualquer dúvida, enriqueceu muito a música a partir de então.

A importância cultural dos Beatles ainda não aparece aqui, embora, como em todos os álbuns da banda, exista a complexidade sonora que marcou a sua qualidade. Quem assistiu o filme biográfico Backbeat sabe que a banda sempre foi de excelente para cima, desde o início.

Os temas ainda são pueris, como na maior parte das músicas da época, já que o público alvo era mesmo o adolescente do início dos anos 60, ainda não totalmente despido das carolices pseudo-rebeldes do final da década anterior, como toda banda ou cantor na época.

Mas alto lá! Mesmo pueril, ainda é bem mais amadurecido que o que se vê nas boy-bands de hoje que, apesar da sensualidade forçada, a puerilidade é ainda bem mais alienada que a de qualquer banda de rock (do soul e no pop, pode ser que ainda haja alienação na maioria dos intérpretes) do início dos anos 60.

Caetano Veloso (grande cantor e compositor, mas com o péssimo hábito de exaltar a música de péssima qualidade, hábito hoje repetido pela maioria das celebridades) recentemente cometeu a besteira de dizer que o álbum é o "Justin Bieber" da época. Se o Justin Bieber fosse capaz de criar faixas como Love Me Do (e ele NÃO É), o mundo mudaria e as injustiças sociais acabariam. Mas o pop hoje anda tão alienado, mercenário e submisso à tendências (impostas pela mídia e gravadoras) que nem é bom fazer comparação.

O álbum dá prioridade a covers, talvez para ganhar tempo, talvez para preparar melhor o publico, evitando um excesso de músicas desconhecidas, já que os covers já tocavam nas rádios da época. Mas as gravações pessoais feitas por uma banda impecável como a dos Beatles, deram personalidade as músicas, fazendo o público em geral se esquecer das originais, como acontece no caso deste álbum.

Infelizmente, apesar da comemoração constantemente lembrada pela mídia, não houve algum lançamento comemorativo. Envolvidos numa transferência de catálogo após a extinção da EMI (agora pertencem a Universal Music, novo nome da gravadora que era dona da produtora do filme Backbeat, a PolyGram), ainda não se sabe em qual selo será inserido a Apple Corps, selo que a EMI havia criado para os Beatles administrarem. 

Pela mesma Universal haviam lançado alguns compactos como banda de acompanhamento de Toni Sheridan, este recentemente falecido, reunidos em uma espécie de coletânea que foi  posteriormente relançada com o nome da banda em destaque. Talvez o processo de transição EMI - Universal seja o motivo pelo não lançamento de edição comemorativa para esta data.

De qualquer forma, o álbum, mesmo não sendo o melhor da banda, serviu de excelente cartão de apresentação para que todos pudessem conhecer o excelente trabalho de quatro rapazes que direcionaram o rock para uma qualidade extrema, influenciando gerações e eternizando um riquíssimo repertório que ainda não conseguiu ser superado.


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