Belchior sumiu, desapareceu, se escafedeu

Eu soube do acontecimento de uma coisa inusitada ontem no Fantástico. Belchior, importante compositor da música brasileira, famoso por suas letras intelectualizadas e por sua voz meio fanha e que teve composições consagradas por gente como Elis Regina (Como nossos pais), desapareceu sem deixar rastro, literalmente.

Tudo que ele tinha na vida foi abandonado: casa, carros, amigos. Estes últimos não tem mais notícias dele, tendo apenas como pistas, conversas anteriores em que o compositor havia dito que queria mudar de vida e que estava depressivo. Há quem diga que ele sumiu estratégicamente e que pretende voltar em grande estilo. Mas não há indícios disso.

Uma pena ele ter sumido. O trabalho dele é de grande qualidade artística, resultado de muita leitura de livros e sempre esteve à frente de seu tempo. À frente inclusive dos monótonos dias de hoje.

Talvez ele tenha sumido como forma de esquecer o desprezo que a juventude atual dá a ele, muito mais interessada nos chifres dos breganejos, nas bundas dos axezeiros e funkeiros e nas piruetas do Michael Jackson. Muitos desses jovens assumem odiar livros e textos longos (o lacônico Twitter faz sucesso entre eles). Belchior não foi feito para ser apreciado por burros.

Tomara que nada de ruim tenha acontecido com o cantor/compositor e que ele possa voltar com trabalho inédito e mostrar a essa "galerinha" que maravilhas os livros podem fazer pela música, tornando-a mais bela e educativa.

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