Meu álbum favorito da minha banda favorita completa 25 anos e será relançado

O álbum The Unforgettable Fire, da banda irlandesa U2, completa 25 anos em 2009. Foi o segundo álbum da banda a sair no Brasil, pois Boy, saiu em 1980 sem muito alarde. Tive a oportunidade de ver o vinil do Boy com as características da gravadora brasileira que o lançou na época (Ariola), provando que foi realmente lançado no Brasil. Mas Unforgettable Fire, foi quem realmente divulgou o grupo para as grandes massas.

Esse álbum tem um valor afetivo muito grande para mim. Foi o meu presente de aniversário que meus pais me deram quando eu compeltei 15 anos, em 1986. E é um discaço. É muito raro um álbum ter todas as faixas audíveis. Geralmente você pula uma e outra faixa. Nesse álbum, não, pois todas são muito agradáveis. Inclusive a aparentemente monótona 4th of July, que é uma instrumental bem relaxante.

The Unforgettable Fire é o que os críticos consideram um álbum conceitual, ou seja, é um álbum homogêneo, que gira em torno de um tema, no caso o amor à terra natal (Irlanda) e a preparação para sair dela, indo para outro lugar (EUA).

O título do álbum, pode ser traduzido metaforicamente como "a paixão inesquecível". Sua faixa título, que fala de um amor forte e não-correspondido, é dedicada a minha colega de adolescência que sempre foi a paixão da minha vida e que me esnobou ao se reencontrar comigo. Como ela está casada com outro, não vou nem insistir. Deixa pra lá. Pelo menos fica a homenagem da música.

Há as referências aos Estados Unidos no álbum, como na citada 4th of July (data de aniversário da independência dos EUA e do casamento de meus pais - ano que vem farão 40 anos de casados), na emotiva Elvis Presley and America, e referências a Martin Luther King em Pride, música de trabalho do álbum, e em MLK.

Mas também há referências da Irlanda, como na faixa título (a paixão pode ser entendida como a terra-natal) e na faixa que abre o álbum, A Sort of Homecoming.

A capa é uma das mais belas capas de disco em todos os tempos, mostrando o Moydrum Castle na capa. Este álbum foi gravado incialmente em outro castelo irlandês, o Slane Castle, que serviu de cenário para vários shows de bandas, incluindo o mostrado no DVD Go Home, que mostra o U2 de volta a sua terra natal, inclusive tocando uma faixa de Boy, coisa que eles raramente fazem em shows recentes.

Em outubro, será lançada a versão comemorativa dos 25 anos do álbum. Faço questão de comprar, mesmo pagando caro. Será a 6ª versão que adquiro de, já que costumo comprar versões atualizadas do ábum. Tive dois vinis, um fabricado pela Warner, outro pela Polygram (capa lilás, como nas primeiras edições em CD, um pecado). Em CD, comprei com a capa lilás (um erro da gravadora, já que a capa original é roxa, não lilás), depois comprei com a capa roxa, mas com os dados da ficha técnica na contracapa confusos, depois comprei a cópia que eu tenho, roxa e com o erro corrigido. Todas as vezes que adquiri o álbum foram em dias deliciosos, que estava bem alegre.

Essa nova versão será lançada do mesmo jeito que as outras reedições de álbuns do U2: estojo grande de cartolina grossa, livreto e um CD só com bônus. Como gosto de guardar CDS em caixas convencionais, vou guardar a minha cópia atual e guardarei os CDS em um estojo duplo convencional, mas usando a capa e contracapa da edição que eu tenho. O livreto guardo com os meus livros.

É um álbum memorável, que nunca canso de escutar e que vai permanecer eternamente na minha memória, quer aos fatos ligados a ele, quer pela impecável sequência de músicas.

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