A industria cultural segue firme e cada vez mais forte

A revista Superinteressante, que gosto bastante apesar dos pesares - e lá vem um pesar - repetiu o discurso falado na mídia oficial de que a industria cultural acabou, que não existe mais a dominação midiática da cultura e blá, blá blá. É a mídia anunciando a própria morte gozando da mais perfeita saúde.

O que acontece é que a indústria cultural não acabou. Apenas decentralizou. As próprias celebridades é que estão gerindo a própria carreira, mas com a mesma mentalidade das grandes corporações.

O que está morrendo é a cultura verdadeira, pura, sem comércio, substituída por uma cultura postiça, mercenária, sem qualidade e sem compromisso com a arte e com o desenvolvimento mental da sociedade.

Os autônomos da industria cultural querem ter as rédeas da cultura, para que a população continue burra e priorize as emoções baratas no lugar do intelecto e da vontade de melhorar as coisas.

Mesmo autônomos, essas celebridades ainda continuam atreladas às relações de poder, senão sua popularidade cairia irreversivelmente - e seus lucros financeiros também.

Mas para a mídia, declarar a própria morte é bem conveniente, pois assim, ela pode continuar manipulando invisivelmente, sem que ninguém perceba.

Se a industria cultural tivesse morrido, por exemplo, ninguém comprava mais televisão. O aparelho televisor virou artigo de "primeira necessidade" e já é presença obrigatória em bares e hospitais. Infelizmente.

A população brasileira pelo jeito gosta de ser ludibriada e fazer de conta que suas emoções baratas são manifestações da mais pura sabedoria intelectual. Deve achar que o país vai mudar para melhor apenas com o empinamento de um traseiro de uma moça vulgar.

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