Rejeição a Juliana Paes é um sintoma de preconceito machista

A escolha de Juliana Paes para protagonista da nova versão de Gabriela, nos festejos de comemoração dos 100 anos de nascimento de Jorge Amado, autos da obra, estão dando o que falar.

Boa parte das pessoas, inclusive vários autores, estão considerando a atriz velha demais para o papel da protagonista, que se trata de uma jovem. Mas os mesmos que criticaram a atriz, se esqueceram de um detalhe importante, que nunca é discutido.

É muito comum a colocação de homens de meia idade no papel de jovens em novelas, séries e afins e todo mundo aceita numa boa. Já não era hora de José Mayer estar numa cadeira de balanço ninando netinhos? Herson Capri não deveria estar apoiado em uma bengala? E porque Eri Johnson faz papel de pós adolescente durante quase trinta anos? Vai continuar fazendo papel de jovem aos 100 anos? E os quarentões da Globo, quando vão fazer papel de homens maduros?

Sinceramente essas críticas a Juliana Paes estão cheirando a machismo puro e altamente preconceituoso, o que mostra que a nefasta ideologia ainda continua bastante arraigada em nossa sociedade, junto ao explorador feminismo. Ambos estão errados, pois colocam privilégios para cada sexo, em detrimento do outro. Direitos iguais, mas deveres iguais sim. Humanismo já, sexismo nunca!

Juliana Paes ainda é uma mulher linda, talentosa e suficientemente jovem para o papel. Se as pessoas estão de saco cheio dela, o problema é delas. Além disso, ele tem o perfil ideal para a personagem, com capacidade de dar as características de personalidade à mesma, sem as gafes da falta de talento de uma iniciante, como querem muitos.

Além disso, colocar uma menor no papel da Gabriela, não seria um estímulo a pedofilia, tão criticada pela sociedade, mas tão estimulada por essa mesma sociedade?

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