Os brasileiros são muito mal informados

Os brasileiros são crédulos, principalmente quando o assunto é entretenimento. Aceitam o que lhe dizem sem checar se uma informação é verdadeira ou não, chegando muitas vezes a transformar a informação recebida como uma verdade absoluta e inquestionável, só porque foi repetida inúmeras vezes pela mídia, considerada por grande parte da população brasileira como uma espécie de "cartório cultural".

Quanto ao que acontece lá fora, as pessoas preferem aceitar a informação que chega pelos meios brasileiros. Como a nossa mídia tem claras intenções mercantis, ela divulga o que acha interessante e como quiser. Para quem está como "fome" de estar por dentro do que acontece no mundo, é uma péssima fonte de informação.

Dois fatos me fizeram escrever este texto. Um diz respeito ao suposto sucesso de um cantor brega brasileiro. Outro é a vinda de um DJ ao Brasil, visto de maneira exageradamente eufórica, sem saber como está o cenário da música dançante fora de nosso país.

Meu irmão Alexandre, do blog Mingau de Aço, fez uma pesquisa pela internet e não achou indícios do suposto "sucesso internacional" do Michel Teló. Pelo jeito o tal "sucesso" ficou limitado aos jogadores do Real Madrid e os soldados de Israel. Ah, e a Adele vai muito bem, obrigado.

Quanto a vinda de David Guetta, que praticamente virou cidadão brasileiro de tanto que vem até aqui, uma coisa a estranhar. Porque ele e outros DJs de grande porte estão vindo em massa e de maneira frequente, para o Brasil? O nosso país está em alta? Resposta certa: não. Os Djs é que estão em baixa por lá.

No exterior, os jovens recebem melhor educação do que o brasileiro, o que reflete na cultura do chamado Primeiro Mundo. Tá certo que lá também tem cultura ruim. Mas ela não é vista de modo absoluto como é aqui e muitos que estouram no Brasil, na verdade fazem pouco sucesso por lá. No mínimo não são levados a sério, como se fossem os "gurus da nova cultura".

Lembram da época em que Michael Jackson morreu? Enquanto no Brasil choviam, elogios exagerados, cheios de referências fictícias ao astro então recém-falecido, nos EUA, pátria do "defunto", rolava um clima de "mais um que se vai", tendo a morte sentida mais por familiares, amigos e alguns mega-astros, com elogios realistas. Um exemplo que explica a preguiça em checar informações que já virou tradição para o povo brasileiro, educado pelas religiões a crer sem verificar.

Na cultura, também recebemos lixo estrangeiro

Na cultura, acontece a mesma coisa que já acontece na tecnologia. Quando EUA e Europa consideram algo obsoleto e chato, joga para o Brasil consumir, já que a fama do brasileiro em aceitar tudo é mundial.

Daqui a pouco estaremos felizes com o lixo que despejam em nossos portos, achando que é ouro. Só porque a mídia disse que aquilo era um carregamento das famosas pedras preciosas.

Nunca acredite no que dizem. Verifique antes de saber se aquilo é mesmo o que estão dizendo. Muitas chances de ser exatamente o oposto.

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