Brasil, quintal do mundo

Estamos carecas de saber que o Brasil, país onde vivemos, é uma nação subdesenvolvida e cheia de problemas. Que tem uma elite gananciosa, mas paternalista, que tenta parecer boazinha resolvendo as carências da população com paliativos.

Todos nós gostaríamos de ver um país como o nosso, com imenso território e cheio de recursos se desenvolver e tornar-se uma potência. Mas isso é difícil, pois nações fortes, sobretudo os Estados Unidos, não querem que nos desenvolvamos. Toda vez que o país tentava evoluir em alguma parte do setor econômico, o governo ianque chiava.

Mas nos últimos tempos, o nosso país tem tido muito destaque mundialmente. Só que não é aquele destaque esperado por nós, algo que possa acabar os seculares problemas de nosso país. Cada vez mais, o nosso país ganha destaque no setor de entretenimento, diversão.

O Brasil é estigmatizado por ser uma país lúdico, uma espécie de quintal, um parque de diversões do mundo. Carnaval, sexo, futebol, turismo e até a estigmatizada (mas nem sempre verdadeira) alegria de nosso povo, são marcas registradas de nossa nação. Parece que o Brasil só serve para entreter as pessoas. Um bobo da corte mundial.

Vários eventos estrangeiros terão suas versões nacionais. Teremos a volta do Rock in Rio (eu pretendo assistir alguns shows) e obviamente a copa de 2014 e a olimpíada de 2016.

Não era uma boa época para se fazer esses eventos, o que mostra que o entretenimento é prioridade absoluta para as autoridades brasileiras. Há quem diga que faltará verba para setores essenciais (eu creio fortemente nisso).

Mas com a desculpa de que "é bom para o turismo", autoridades resolvem priorizar as atividades lúdicas. Mas é bom saber que o retorno nem sempre é garantido, apesar (talvez por isso mesmo) da manipulação midiática para "estimular" (na verdade, obrigar) as pessoas a aderirem a tal atividade. É um trabalho que leva anos e explica porque muita futilidade hoje em dia é supervalorizada. Como se empinar o traseiro e cantar coisas tolas como "caia nessa dança" pudessem significar algo importante para a sociedade.

Divertir é bom, mas não é importante. Se o Brasil fosse uma casa, seria como se o dono dela adiasse as arrumações em coisas essenciais, e realizasse várias festas. E depois de cada festa, você sabe, aumenta a sujeira e os danos em objetos na casa.

Isso também reforça ainda mais a imagem estereotipada que temos lá fora de "povo tolo", infantilizado e que dá excessiva importância a coisas fúteis (a copa de 2010 confirmou isso: que morra todo mundo de fome, mantenha as injustiças, desde que traga o "caneco" da "seleção" para casa). Gente, isso é imaturidade! Ou quer dizer que criancice coletiva é maturidade?

E é desta forma que continuamos assim. Injustiças, desigualdades, violência, má qualidade de vida e um punhado de ricaços puxando o saco da população como vampiros disfarçados de cavalheiros, enganando a população com paliativos que na verdade ajudam ainda mais a manter as desigualdades e o poderio dos ricos em nosso país.

Com certeza não será uma empinada de bunda ou a entrada de uma bola numa rede que irá mudar isso.

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