União Europeia aprova compra da EMI pela Universal. Mas a nova dona terá que vender muitos selos

A União Europeia acaba de aprovar a aquisição da gravadora inglesa Electronic Music Industries (EMI) pela Universal Music (ex-PolyGram), após muita polêmica e protestos contra a possibilidade de oligopólio. A aprovação se deu mediante uma exigência: vender vários selos da antiga EMI, que não poderão estar nas mãos da Universal.

Selos como a Chrysalis (Blondie, Jethro Tull, Robbie Williams, Geri Halliwell), Mute (Depeche Mode, Erasure, Moby, Nick Cave), o irlandês Ensign (Sinead O' Connor, Waterboys), além das versões eruditas da Virgin (Virgin Classics) e da EMI (Angel, EMI Classics) não serão absorvidos pela Universal. Estes selos aguardam compradores que podem ser a Sony, a Warner ou até mesmo Richard Branson, o bilionário maluco que fundou a Virgin Records.

O Parlophone, selo titular da EMI, também vai ser vendida, não ficando com a Universal. Porém, nomes mais famosos do selo, como Coldplay e The Beatles, serão absorvidos pela Universal, apenas perdendo o carimbo do Parlophone, assumindo possivelmente outra marca em seus discos.

A Universal também não vai absorver as filiais da EMI nos seguintes países: França, Espanha, Bélgica, Dinamarca, República Tcheca, Polônia, Portugal, Suécia e Noruega. Elas terão que aguardar o procedimento de vendas dos outros selos para verem que atitude tomar. Possivelmente um outro selo, existente ou a ser criado deverá absorver o catálogo da EMI em cada um destes países.

Não foi informado em qualquer texto sobre o que acontecerá no Brasil. Acredito que a Universal compre a parte brasileira da EMI, embora não ache impossível a criação de um novo selo para assumir a estrutura da EMI brasileira.

De qualquer forma será uma verdadeira dança das cadeiras nos antigos selos da EMI. Torço para que a Sony e a Warner não comprem o espólio da EMI (neste caso teria que ser Branson, numa oportunidade de fortalecer a Virgin Records, deixando de ser um selo subsidiário para ser uma grande gravadora), para dificultar o estreitamento do oligipólio já existente.

De qualquer forma, ninguém sabe o que acontecerá. Já falaram na morte do CD para o final deste ano, mas com essa dança dos selos, muita coisa pode rolar até que se chegue ao cenário definitivo.

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